segunda-feira, 22 de junho de 2009

O verão e todo o seu calor

Tinha cara de Daiane, ou talvez Patrícia. Ao olhar em direção a nós, de forma que nos desse boas-vindas, com seu par de olhos ímpares que ficaria marcado a partir desse momento.
Momento tal que me motivou a apreciar a paisagem pela sacada por mais vezes ao dia. Não só à procura do maravilhoso céu, dos pássaros, mas também daqueles olhos que me chamaram a atenção. Parecia algo esplêndido, indescritível, convidativo.
E ela, sempre aparecia por lá...Talvez gostasse de olhar o céu...ou então apreciava a visão privilegiada do 3º andar.

Curiosidade mesmo se tornaria descobrir por que aquele olhar transmitia tanto brilho! Eu tinha que tomar cuidado, afinal sempre soube que não possuo um semblante agradável: é como se todos vissem em meu rosto uma expressão de ódio, rancor, revolta. Bem, com medo de mim mesmo, mantive uma cautela para não constrangê-la. "Quem sabe ela não desça a qualquer momento, sente na mesa onde gostara de fazer suas cruzadinhas, e possamos conversar, nem que seja só por um minuto, talvez apenas saber o nome dela!...”

[...] E aquele sorriso me encantava. Aquele olhar que me fazia viajar por todos os estranhos lugares e de inúmeras sensações. Aquela bondade me fascinava.
As lágrimas derramadas não demonstram um real significado. Não forcei, tampouco procurei evitá-las. Deparei-me com minha própria fraqueza. Talvez a saudade de te encontrar a noite na mesinha, aquela rotina de férias era apenas uma rotina de férias, e quem sabe, não tenha sido o que me fez chorar. Ou talvez por ter conhecido pessoas que marcaram minha...Ter conhecido você, e esperançoso de que nunca mais poderia te ver.

Em minhas reflexões sempre tive a esperança de que, algum dia eu conheceria uma menina perfeita, não perfeito por ter tudo, mas tudo que tens se encaixa perfeitamente com seu próprio ser.
Eu só não esperava que encontraria a fada em pleno dia de férias na praia, onde estaria longe de minhas próprias reflexões, eufórico por poder vislumbrar o clima da praia, o balanço das águas pela primeira vez.

De fato, o jeito com que trata as pessoas, o aconchego do teu colo, o suave tom de voz, a tentativa fracassada de demonstrar irritada, sua mão fria que eu "molhei" toda. O teu olhar. O teu sorriso fácil. Parecia tudo tão simples, tão...normal.
Me desculpa se encantei com seu jeito de ser. Foi inevitável. Eu não pedi, nem lutei ou relutei contra isso. Porém, pude perceber o quanto sua atenção me faz falta. Fico até surpreso comigo mesmo com a espontaneidade que me cerca quando falo, penso em você. É algo como se você me transmitisse toda a confiança de que eu realmente necessito para eu sentir importante e falar de mim como se fosse algo de tamanha naturalidade! E nunca foi...

Por trás de uma pessoa brincalhona, há alguém que não fala de si mesmo, muito menos de alheios importantes, apenas superficialmente, e mesmo assim considere isso como muito, ou tudo.

Paixonite de verão, haha! Agora eu dou risada de tudo isso, mas quando aconteceeeeu.... =/

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