Hoje eu só quero que a chuva caia, para que eu possa ouvir o som que se resulta do encontro dela com qualquer estrutura física. Ou do barulho da chuva mesmo.
Como é bom ouvir aquele barulhinho...
Lembro-me de quando, ainda em minas, começava a chover era de lei desligar os aparelhos eletrônicos para não correr perigo de queimar. Caso fosse depois do almoço, única alternativa que eu encontrava pra fazer, já que o sono gostava de me esquecer nessas horas, era ficar na janela da sala ouvindo o barulho da chuva e as gotas vindouras do céu espatifarem e espalharem por todo o chão, compondo um espetáculo musical e natural magnífico e contínuo, até que a última gota caísse.
Avaliava aquilo como de extrema importância para mim, para todos. E me fazia pensar em “como isso acontece?”, cada vez mais, e quando me dava conta a chuva já tinha passado e já era hora de tudo voltar ao normal...Nunca desejava chuva em outro período, gostava de que chovia à tarde para contemplá-la, quietinho e me sentindo feliz por poder usufruir daquele momento.
Atualmente isso não acontece mais. Nem sequer me lembro disso quando está chovendo. Agora a chuva me trás o sono, seja ela em qualquer período. Ela, que sempre foi minha companheira na infância, hoje é apenas mais um daqueles fenômenos normais, que é disponibilizado para todos e quase ninguém dá importância, ou ao menos tem um tempo para compartilhar com ela, a chuva.
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