Todos os momentos que sucedem o presente podem ser o último, ou simplesmente nem chegar. O quão fatídico pode ser o futuro? Qual o peso e amargura devemos carregar do passado? Seria assim, tão fácil se desprender de amarras antigas? E se houvesse fórmula farmacológica para apagar as memórias horríveis e sofríveis, se daria ao luxo de experimentá-las? É doloroso conviver consigo mesmo todos os dias? E quando tiver sessenta a nostalgia te fará sorrir ou chorar? Ereto ou cabisbaixo? Vitorioso ou fracassado?
É preciso estar precisamente conectado com nossas fraquezas e fortalezas, pois qualquer uma delas pode nos derrubar. Ironicamente um passo para trás pode ser mais sábio do que um a frente mal dado. Um recomeço pode ser um aleluia. O momento exato de tomar uma decisão que, por fim, pode ser trágica. E não há mal nenhum em, por exemplo, mudar de ideia, recalcular a rota, desde que a intuição ou ponto de equilíbrio nos faça seguir em frente.
O mais importante de tudo é saber decifrar cada movimento ao redor. As oportunidades sempre estão por perto e, a partir de uma perspectiva, é fácil potencializar o que faz bem. Antes de tudo é necessário se conhecer, saber o que emerge, quem te elege e te prende a um mundo de diversões e consegue, como passe de mágica, captar a bagunça e loucura que somos, todos nós, e fazer desse cenário momentos de suspiros reais e sentir cócegas no âmago, na alma, no ser que vive e anseia respiração e ofegância. É totalmente necessário que tudo seja real, mesmo que simples. O amanhã nos espera cruelmente. A ilusão precisa ser descartada. O ontem já é saudade. Foi-se a hora. E agora quem discorda do que já foi pode se perder no próprio hoje.
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