Moça
Você parece pluma
Parece bruma
Parece areia a pairar sobre o vento
Parece vento
Parece prosa
Parece música gostosa de se ouvir
Aparece em meio ao tempo
Desaparece em cada contratempo
E reaparece ao realento
E eu, atento, presto atenção a todo movimento
Que faça-me sentir presente
E nada virulento...
Do nada, viro, lento
E me encontro, ao lado, um olho turvo
Que fala
Que me aproxima
Que condena
E me convida
A bailar
Sem dar vazão ao tempo
Que tormento! Que momento!
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